Crise existencial é quando todas aquelas perguntas que você jura não ter a menor importância na sua vida se tornam fundamentais e irritantemente presentes.
É como se uma tempestade estivesse se armando em sua cabeça...
Insatisfação?
Inquietude?
Urgência de viver?
Ninguém sabe, sabe-se apenas que dói.
Quem eu sou? Pra que eu existo? Existe um Deus?
Por que me preocupo com os outros? Por que me privo pelos outros?
Perguntas interessantes, levam a horas de conversa... mas também, quase que irrelevantes ao dia-a-dia de cada um.
Para este dia-a-dia, algumas respostas simples (não necessariamente corretas) bastam: vivemos porque não estamos mortos, existimos para sobreviver, Deus existe para que não tenhamos que pensar em como isso tudo surgiu e devemos ser bons uns com os outros porque esta é uma regra social que, em tese, garante um ciclo harmonioso.
Mas porque então, crise existencial?
Talvez pela natureza incorfomável de cada um ou então, pelo vício de questionar e pensar, ou ainda, por pura falta do que fazer...
Mas talvez ainda porque somos muito cobrados a agir "da forma correta", um "correto" necessário mas as vezes incômodo que está dentro da gente desde sempre.
É como um copo de água cheio que vamos colocando mais um tanto de água e vai se formando como que uma bolha para cima da borda sem cair um pingo e de repente, ao colocar uma simples gotinha, transborda tudo molhando a mesa toda.
Mas e dai?
Porque mesmo sabendo que questionar não vai resolver as questões nós continuamos?
Mesmo sabendo que as mudanças dependem das ações de cada um ficamos estagnados, esperando o tal momento certo que nunca chega?
Não devemos nos conformar com o medíocre mas sim, reconhecer que não se consegue mudar o que passou e que o importante é deixar de sentir-se vítima dos problemas e tornar-se o autor da própria história.
A verdade é que a vida acontece sempre no presente e ser feliz não significa ter uma vida perfeita por mais que se deseje uma...
"Um certo dia você acorda e percebe que tudo está igual ao que sempre foi, pois foram os teus olhos que mudaram e não o mundo..."
Rodrigo da Silva Coelho
Rodrigo da Silva Coelho