"Existem quatro coisas na vida que não se recuperam:
- a pedra, depois de atirada;
- a palavra depois de proferida;
- a ocasião, depois de perdida e
- o tempo, depois de passado."
(Almodóvar)
Ai...que bom seria podermos controlar o tempo... Fazê-lo passar bem depressa nas horas de aflição e pará-lo nos momentos bons...
Retroceder na caminhada e voltar a viver os melhores anos de nossas vidas, e lá ficar sem ter que se preocupar com o hoje ou o amanhã... Retroceder a idéia, ponderar as críticas, amenizar o ímpeto como uma oporundade de fazer de novo e melhor.
Jaá pensou nisso? A nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Temos algo como uma pré-disposição a esquecemos o que foi desfrutado e sofrermos pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido e não conhecemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais.
É preciso viver o presente sendo desejosos de realizações, reconhecer que o medo que o futuro insiste em querer nos projetar é apenas e nada mais que um medo.
Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Desconfie do destino e acredite que todo dia é uma oportunidade de fazer a diferença!